Posts

Escolher a franquia ideal é uma decisão empolgante, repleta de oportunidades e desafios. Assim, participar de feiras é uma ótima maneira de explorar diversas opções de negócio e entrar em contato direto com os franqueadores. 

No entanto, diante dessa diversidade, é necessário saber como optar pela certa para você. Neste artigo, vamos explorar dicas e orientações sobre como escolher a franquia em uma feira.

Prepare-se para descobrir estratégias valiosas que o ajudarão a tomar uma decisão informada e encontrar a franquia dos seus sonhos. Confira-as a seguir e boa leitura!

Afinal, o que é uma feira de franquias?

De forma direta, uma feira de franquias é um evento especializado que reúne empresas franqueadoras e empreendedores interessados em investir. É um espaço animado onde as empresas têm a oportunidade de apresentar suas marcas, conceitos de negócio e modelos de franquia para potenciais empreendedores. 

Elas funcionam a partir de estandes convidativos; exibem informações sobre suas franquias, produtos ou serviços; e compartilham detalhes sobre investimentos e suporte oferecido aos franqueados.

Quais as vantagens? Os empreendedores interessados em abrir uma franquia têm a chance de explorar diversas opções de negócio em um só lugar. Eles podem conhecer diferentes redes, obter informações detalhadas, conversar diretamente com os representantes das empresas e esclarecer dúvidas. 

É uma enorme chance para comparar diferentes oportunidades de investimento e encontrar a franquia ideal. Em outras palavras, também é um evento imperdível para aqueles que desejam entrar no emocionante mundo do franchising. 

Entenda mais: entre os dias 28 de junho e 1º de julho, ocorrerá a 30ª edição da ABF Franchising Expo, no Expo Center Norte, na capital paulista.

Mas como escolher a melhor opção? Confira abaixo nossas dicas!

Pesquise com antecedência

Uma das principais dicas para escolher uma franquia é realizar pesquisas antecipadamente. Antes de comparecer ao evento, reserve um tempo para estudar sobre as marcas que estarão presentes. O que você deve investigar?

Analise o histórico da empresa, a reputação no mercado, o segmento em que atua e a presença geográfica. Busque informações sobre o desempenho financeiro das unidades, o seu modelo de negócio e o suporte oferecido aos franqueados.

Além disso, é importante entender o setor em que você pretende investir. Avalie a demanda do mercado, as tendências e as oportunidades de crescimento. Considere suas habilidades, experiências e interesses para encontrar uma franquia que esteja alinhada com seu perfil.

Uma pesquisa prévia também ajudará a filtrar as opções e a focar as franquias que melhor se encaixam em seus critérios e objetivos. Isso será fundamental para maximizar sua experiência na feira e aumentar as chances de encontrar a marca ideal para investir.

Defina seu orçamento

Outro aspecto importante no processo de escolha é definir seu orçamento. Antes de visitar o evento, é essencial estabelecer um limite financeiro realista para o investimento na franquia.

A determinação do orçamento varia para cada investidor, mas tenha em mente que ela permitirá que você direcione sua busca e avalie as opções que estão dentro de sua capacidade financeira.

Considere não apenas o investimento inicial necessário para adquirir o negócio, mas também os custos operacionais contínuos, como taxas de royalties, aluguel, folha de pagamento e suprimentos.

Leve em conta suas finanças pessoais, bem como a projeção de retorno do investimento e o prazo esperado para atingir o ponto de equilíbrio e começar a obter lucro. 

Lembre-se: é importante ser realista e evitar se comprometer com uma franquia que esteja além de suas possibilidades financeiras.

Encontre um equilíbrio entre suas aspirações de negócios e suas finanças para garantir que você faça um investimento seguro e sustentável. Definir o orçamento desde o início ajudará você a otimizar sua participação na feira e identificar oportunidades que estão alinhadas com suas possibilidades.

Avalie seu perfil empreendedor

Compreender suas habilidades, seus interesses e suas características pessoais ajudará a encontrar uma franquia que esteja alinhada com suas aptidões e preferências, e não há nada melhor do que isso. 

Para avaliar seu perfil da forma correta, lembre-se de considerar pontos como:

Habilidades e experiências: analise suas habilidades profissionais, conhecimentos técnicos e experiências anteriores. Identifique pontos fortes e áreas nas quais se destaca. Isso ajudará a determinar o tipo de franquia em que você pode ter um desempenho melhor.

Interesses e paixões: considere seus interesses pessoais e suas paixões. Optar por uma franquia que esteja relacionada a uma área que você aprecie e tenha afinidade aumentará sua motivação e seu comprometimento.

Estilo de trabalho: reflita sobre seu modo de trabalho preferido. Você é mais inclinado a uma gestão prática e operacional ou prefere um papel mais estratégico e de supervisão? Identificar seu estilo ajudará a escolher uma franquia com a qual se sinta confortável.

Tolerância ao risco: avalie sua tolerância ao risco. Algumas franquias podem exigir um investimento maior e envolver maior nível de incerteza. Considere se tem disposição para assumir riscos ou se prefere uma franquia mais estável e consolidada.

Converse com outros franqueados

Uma etapa importante ao escolher uma franquia é conversar com franqueados que possuem experiência nesse mercado. 

Ao interagir com pessoas que já fazem parte da rede, você pode obter insights valiosos sobre a vivência deles e a parceria com o franqueador. Caso não tenha experiência, considere os seguintes tópicos:

  • experiência prática;
  • suporte do franqueador;
  • desempenho financeiro;
  • relacionamento com o franqueador;
  • satisfação geral.

Lembre-se de que as experiências podem variar de franqueado para franqueado, então é importante coletar informações de várias fontes para tomar uma decisão informada.

Portanto, não deixe de aproveitar a oportunidade de se conectar com outros empreendedores durante uma feira de franquias e obter informações relevantes sobre o negócio que você está considerando.

Consulte um especialista

Consultar especialistas é essencial ao escolher uma franquia em feiras. Alguém que entende de franchising pode fornecer conhecimentos valiosos e orientação personalizada para iniciar sua jornada empreendedora. 

Além disso, uma opinião profissional também oferece outra perspectiva necessária e imparcial sobre as oportunidades de franquia disponíveis. Dessa forma, o auxílio adequado pode ajudá-lo a aumentar suas chances de sucesso como franqueado. 

Portanto, não subestime o valor de buscar o apoio de um especialista para escolher uma franquia em uma feira. Em caso de qualquer dúvida acerca do suporte jurídico no franchising, entre em contato conosco! Estamos prontos para auxiliá-lo!

A franquia surgiu em torno de 1850 e, desde então, vem sendo adotada por empresários de todas as áreas que desejam expandir seus negócios escalando o seu modelo de operação.

Esse modelo consiste em uma operação na qual o franqueador autoriza o franqueado a utilizar sua marca, sua patente, seu know-how e todo o networking a ela atrelado em troca do pagamento de taxas. 

Se você é um desses empresários que têm um negócio de sucesso e está pensando em franqueá-lo, não deixe de conferir este artigo. Nele, explicamos quais são os primeiros passos para transformar o seu negócio em franquia. Boa leitura! 

Não deixe de conferir nosso artigo: QUER FRANQUEAR SEU NEGÓCIO? DESCUBRA QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER

Já tem um modelo de negócios estruturado?

O primeiro passo para franquear uma empresa é ter um modelo de negócios estruturado e sólido. 

Além disso, é necessário testar a marca no mercado, pois, assim, o franqueador desenvolverá sua operação, identificará as mudanças necessárias para melhorar o negócio e o ofertará aos seus franqueados.

Agora, você precisa fazer um plano de negócios! 

Após ter um modelo de negócios estruturado, o empreendedor deve criar um plano de negócios, no qual constarão constar todas as informações sobre a empresa, por exemplo, o tipo de produto oferecido, o segmento do negócio e o público-alvo.

Com um plano de negócios estruturado da forma correta, o franqueador consegue identificar quais são os pontos fortes do seu negócio e as oportunidades de melhoria para alcançar mais franqueados conforme as características do mercado. 

Por meio do plano de negócios, o franqueador ainda consegue fazer uma projeção dos investimentos que serão necessários para criação ou desenvolvimento da marca e do prazo de retorno desses investimentos. Dessa forma, é possível verificar a viabilidade da franqueabilidade da empresa e da sua expansão no mercado. 

Você tem viabilidade financeira para ser franqueador?

Para saber se o empreendedor tem viabilidade financeira para ser franqueador, é realizado um levantamento da empresa, identificando como ela se encontra no mercado e definindo qual é a melhor forma de expansão para a marca. 

Lembrando que a análise financeira também irá averiguar a rentabilidade do franqueado e dos futuros franqueadores para constatar a viabilidade da aplicação do modelo de negócios de franquias. 

Converse com um especialista em FRANCHISING

Já definiu os processos?

A padronização dos processos é inerente ao modelo de negócios de franquias que preza a padronização de todas as franquias, já que se trata da replicação de um modelo de negócio. 

Assim, para evitar a ocorrência de erros e despadronização, os franqueados devem seguir diretrizes predeterminadas, que incluem o estabelecimento de padrões dos processos internos, dos processos externos, dos produtos ou serviços oferecidos, entre outros. 

Como você planeja divulgar a sua franquia?

Antes de franquear o seu negócio, você precisa definir quais serão as estratégias de marketing a serem utilizadas para atrair franqueados e investimentos à sua rede de franquias. 

Para isso, é recomendado contar com a assessoria de uma empresa de marketing que conheça o modelo de negócios de franquias, já que, nesse caso, não se busca atingir o consumidor final, mas sim empreendedores. 

Já está assessorado? 

Franquear um negócio é uma tarefa bastante complexa e que exige bastante conhecimento para ser realizada de forma correta. Por essa razão, o mais recomendado é que o franqueador conte com o auxílio de um advogado especializado em franchising desde o começo do planejamento. 

Ademais, a criação de uma franquia demanda a elaboração de instrumentos jurídicos que são os responsáveis por garantir a segurança de todos os envolvidos. São eles quem determinam quais são as diretrizes a serem seguidas pelos franqueados. 

Dentre os principais documentos que serão elaborados, está o contrato (que regerá a relação entre o franqueado e o franqueador) e a Circular de Oferta de Franquias – COF (que atua como um pré-contrato e é responsável por disponibilizar ao franqueador mais informações sobre o negócio). 

Leia também: TAXA DE FRANQUIA, ROYALTIES E FUNDO DE PROPAGANDA: ENTENDA AS DIFERENÇAS

Está pensando em expandir sua empresa? Então, conte com o auxílio de quem entende do assunto. Nós, da Novoa Prado Advogados, somos especialistas em varejo e canais de distribuição, como franchising, licenciamento e todas as demais formas de expansão de marcas. 

Com mais de 30 anos de experiência, nossa equipe busca trazer a inovação, segurança e agilidade que o mercado demanda para os nossos clientes. 

Quer saber mais sobre o assunto ou esclarecer alguma dúvida? Então, entre em contato agora mesmo com a nossa equipe de advogados especializados. 

Para ter acesso a mais assuntos como este, acompanhe nosso blog.

A franquia consiste na transferência de know-how, da marca e do marketing de uma empresa para um empreendedor ou investidor, que fornecerá o mesmo produto ou serviço. 

Esse modelo de negócio é uma ótima opção para quem deseja empreender, já que poderá utilizar uma marca que advém de um modelo de sucesso, com processos estabelecidos, e contar com o apoio do franqueador, que orientará e treinará o franqueado e seus colaboradores. 

Nesse tipo de relação, o franqueador detém a confiança do franqueado, que escolheu a sua empresa para investir. Em contrapartida, ele tem a responsabilidade de orientar e ajudar o franqueado a alcançar o sucesso esperado. 

Por essa razão, o bom relacionamento é essencial para o sucesso da rede de franquias, que depende, entre outras coisas, da cooperação, do respeito, da honestidade e da transparência das partes envolvidas. 

Pensando nisso, trouxemos abaixo alguns cuidados que ambos devem ter para desenvolver uma relação saudável e garantir o sucesso das empresas. Boa leitura! 

Também pode interessar: QUAIS SÃO AS FRANQUIAS MAIS LUCRATIVAS PARA INVESTIR EM 2023?

Cumprir com suas obrigações 

Dentro da relação franqueado x franqueador, existe uma série de direitos e deveres. Dessa forma, um dos critérios para que as partes consigam manter uma relação saudável é o cumprimento de suas obrigações. 

Entre os direitos e deveres está, por exemplo, o dever da franqueadora de realizar a transferência de know-how para o franqueador. Em contrapartida, este tem o dever de manter a franquia dentro do padrão contratado. 

Além desses exemplos, existem outros direitos e obrigações que estarão descritos pontualmente no contrato assinado no momento da adesão à franquia. 

Converse com um especialista em FRANCHISING

Veja mais: TRÊS DEVERES DE TODO FRANQUEADOR

Manter o respeito e a transparência

Para manter uma relação saudável, o franqueado e franqueador devem se pautar pela sinceridade, já que no mercado de franquias as expectativas das partes precisam estar sempre alinhadas. 

Desse modo, é importante que o franqueador não faça falsas promessas aos franqueados, aumentando as expectativas deles sobre o negócio. Já o franqueado precisa ser claro a respeito do que está buscando e esperando do investimento.

Além disso, é importante que a transparência e a sinceridade perdurem durante todo o contrato, fazendo jus a uma relação de confiança recíproca. 

Compartilhar conhecimento

Conforme já mencionado, a relação das partes é essencial para o sucesso da rede de franquias. Por essa razão, a comunicação e a realização de treinamento e suporte devem ser contínuas. 

Lembrando que o suporte é essencial para que o franqueado mantenha o padrão esperado e atinja as metas de crescimento e lucratividade. 

Além disso, os canais de comunicação entre as partes devem ser eficientes, proporcionando o apoio necessário ao franqueado durante as rotinas diárias na sua unidade. 

Realizar reuniões com frequência

A realização de reuniões periódicas entre as partes é muito eficiente para desenvolver um bom relacionamento, possibilitando o aumento do grau de confiabilidade dos envolvidos. 

Nessas reuniões, tanto o franqueado quanto o franqueador conseguem expor expectativas, conflitos e necessidades, podendo chegar a uma solução em conjunto. 

Essas reuniões também são importantes para que as partes conversem, criem vínculos e esclareçam as dúvidas que possam surgir.

Assim, quem deseja fazer parte desse modelo de negócio, seja como franqueado ou como franqueador, precisa entender que, para obter o resultado desejado, ou seja, o sucesso da rede, é necessária a confiança recíproca que advém do bom relacionamento. 

Lembre-se: para alcançar o sucesso de uma rede de franquias, o trabalho deve ser realizado de forma conjunta!

Leia também: QUAIS SÃO AS FRANQUIAS MAIS LUCRATIVAS PARA INVESTIR EM 2023?

Está pensando em expandir sua empresa? Então, conte com o auxílio de quem entende do assunto. Nós, da Novoa Prado Advogados, somos especialistas em varejo e canais de distribuição, como franchising, licenciamento e todas as demais formas de expansão de marcas. 

Com mais de 30 anos de experiência, nossa equipe busca trazer a inovação, segurança e agilidade que o mercado demanda para os nossos clientes. 

Quer saber mais sobre o assunto ou esclarecer alguma dúvida? Então, entre em contato agora mesmo com a nossa equipe de advogados especializados. 

Para ter acesso a mais assuntos como este, acompanhe nosso blog.

Você é proprietário de uma marca de sucesso, um negócio bem-sucedido, com um operacional estruturado e está procurando uma forma de tirar o máximo proveito do potencial da sua empresa? 

Saiba que franqueá-la pode ser uma ótima opção de expansão, isso porque, quando uma empresa se torna uma franquia, ela oferece a oportunidade de outras pessoas não só utilizarem sua marca e expandi-la, mas também de utilizar a experiência adquirida para estruturar um negócio. 

Além disso, ao se tornar uma franquia, é possível usufruir de benefícios que, em regra, são exclusivos de grandes empresas, por exemplo, contar com uma marca forte que pode ser utilizada como referência, realizar investimentos mais altos em marketing e inovação, desenvolver novas estratégias e ter mais poder de negociação com fornecedores.

Entretanto, conforme veremos a seguir, existem alguns cuidados básicos que devem ser tomados pelo empreendedor quando ele decide franquear o negócio. Para que você possa entender mais sobre o assunto, trouxemos esse artigo repleto de informações que ajudarão a escalar  seu negócio, criando franquias de sucesso e com segurança. Boa leitura! 

Também pode interessar: 6 TENDÊNCIAS PARA O FRANCHISING EM 2023

Como franquear minha marca com segurança?

Franquear uma empresa pode trazer muitos benefícios para quem deseja expandir seu negócio. Entretanto, esse passo exige muito trabalho e dedicação, principalmente no momento de desenvolver uma estratégia a longo prazo, minimizando riscos de falhas. Vejamos alguns critérios que devem ser detalhadamente observados: 

Confirmar se a empresa está preparada para essa expansão 

O primeiro passo e um dos mais importantes para começar a franquear um negócio é garantir que sua companhia está pronta para dar esse passo e que já tem todos os recursos necessários para cumprir com as suas obrigações. 

Isso inclui, dentre outras coisas: 

  • verificar se o investimento que será realizado pelos franqueados é o correto para gerar lucro para ambas as partes; 
  • certificar que você está preparado para fornecer formação, treinamentos e todo o suporte necessário para os franqueados; 
  • garantir que o gerenciamento da marca seja extremamente qualificado e esteja preparado para supervisionar as operações das franquias.

Definir o modelo da sua franquia

O franqueador deve determinar como será sua franquia, incluindo os seus direitos e do franqueado e as responsabilidades de cada um. 

Além disso, deverá estipular como ocorrerá a transferência de know-how para os franqueados, demonstrando como os processos devem ser feitos em cada unidade. 

Determinar os valores da marca

Determinar os valores da marca possibilita que os franqueados saibam o que podem esperar da sua empresa, já que com isso é possível definir o propósito do negócio, aonde ele deseja chegar, e os princípios defendidos.

Por essa razão, é extremamente importante que as características da marca sejam definidas de forma clara, passando aos clientes e investidores um senso de pertencimento, que é a chave para criar a confiança necessária nesse tipo de relação.

Lembre-se de que os franqueados levarão sua marca com eles e que as atitudes deles podem ter influência direta no desenvolvimento do seu negócio. Por essa razão, é essencial que todos os envolvidos tenham valores próximos. 

Converse com um especialista em FRANCHISING

Definir os processos e procedimentos operacionais

O franqueador deve desenvolver um manual de operações para ser utilizado por todos os franqueados como referência. Esse documento deve orientá-los com relação a processos, produtos, atividades e papéis que compõem a cadeia de franquia.

O manual deverá ser completo, atrativo e de fácil compreensão, além de realmente prestar um suporte aos franqueados para aumentar a chance da transmissão eficiente de informações e da padronização das franquias.

Oferecer treinamentos recorrentes

Ainda que o franqueador forneça um manual completo, com todas as informações necessárias sobre os processos, os produtos e as atividades da franquia, é essencial que ele ainda forneça treinamentos recorrentes às franquias. 

Além disso, é importante que ele preze o desenvolvimento e a atualização do conhecimento, das técnicas de gestão e operação do negócio, assim como dos produtos e serviços do negócio, o que demanda treinamentos recorrentes. 

Contar com apoio jurídico qualificado

O escalonamento por meio de franchising demanda uma série de procedimentos burocráticos, como por exemplo, a Circular de Oferta de Franquia (COF) e o Contrato de Franquia, que são uns dos responsáveis por garantir a segurança jurídica do negócio e proporcionar a expansão da empresa de forma legalizada.

Por essa razão, contar com o apoio jurídico de quem entende do assunto possibilita que a rede de franquias alcance o sucesso desejado, sem correr riscos desnecessários e com o suporte adequado e ágil que esse tipo de negócio demanda. 

Está pensando em expandir sua empresa? Então, conte com o auxílio de quem entende do assunto. Nós, da Novoa Prado Advogados, somos especialistas em varejo e canais de distribuição, como franchising, licenciamento e todas as demais formas de expansão de marcas. 

Com mais de 30 anos de experiência, nossa equipe busca trazer a inovação, segurança e agilidade que o mercado demanda para os nossos clientes. 

Quer saber mais sobre o assunto ou esclarecer alguma dúvida? Então, entre em contato agora mesmo com a nossa equipe de advogados especializados. 

Para ter acesso a mais assuntos como este, acompanhe nosso blog.

É fato que as franquias estão ganhando cada vez mais espaço dentro do mercado nacional. Segundo dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), em 2022, a quantidade de redes com esse modelo de expansão cresceu 40% quando comparado com o ano anterior.

Por se tratarem de empresas interdependentes, para que tenham sucesso, o franqueado e o franqueador contam com uma série de direitos e deveres inerentes ao franchising e às peculiaridades da própria rede. 

Nesse sentido, é muito importante que ambas as partes mantenham uma boa relação, cumprindo com suas responsabilidades, para garantir o bom andamento da franquia. 

Pensando nisso, para você conhecer os principais direitos e deveres dos franqueados e dos franqueadores, trouxemos abaixo um artigo completo sobre o assunto. Vamos ver? 

Também pode interessar: DEZ MUDANÇAS QUE O FRANCHISING ESTÁ VIVENDO E QUE FARÃO FRANQUEADORES E FRANQUEADOS QUEBRAREM PARADIGMAS EM SUAS REDES

Converse com um especialista em FRANCHISING

Direitos e deveres dos franqueados

Existem direitos dos franqueados que são consequências do próprio modelo de negócio de franquias. Em linhas gerais, são eles: 

  • autorização para utilizar a marca e a identidade visual do franqueador;
  • recebimento de treinamento adequado; 
  • acesso a know-how, conhecimentos de mercados e atividades realizadas pela franqueadora;
  • acesso a modelo de negócio estruturado que já tenha sido testado anteriormente pelo franqueador. 

Nesse sentido, existem deveres decorrentes dessa relação, sendo os principais: 

  • estudar a empresa franqueadora e seus integrantes antes de firmar a aquisição de sua franquia;
  • ter o investimento exigido para ter acesso à marca;
  • arcar com as despesas relacionadas à operação e à gestão da franquia adquirida, incluindo a aquisição de mercadorias e insumos; o pagamento de salários, aluguéis, despesas com luz, condomínio, impostos; entre outras decorrentes do funcionamento da empresa;
  • manter o espaço físico adequado conforme as regras da franquia;
  • seguir as normas e especificações da franquia;
  • utilizar apenas os produtos, serviços e fornecedores definidos e/ou autorizados pela empresa franqueadora;
  • fornecer feedback ao franqueador para que ele elabore planos de ação e proporcione diferenciais competitivos;
  • realizar ações de marketing que sejam compatíveis com o posicionamento da marca e apenas quando houver autorização do franqueador;
  • pagar os valores estipulados em contrato para a continuidade da franquia.

Lembrando que esses são os principais direitos e deveres do franqueado e que representam a base desse modelo de negócio. Porém cada contrato poderá conter outros que variarão de acordo com as peculiaridades da empresa. 

Direitos e deveres dos franqueadores

Assim como o franqueado, o franqueador também conta com direitos e deveres previstos contratualmente. Nesse sentido, de modo geral, os seus principais direitos são: 

  • receber o valor da taxa de franquia pago pelo franqueado para ter acesso à marca;
  • receber os valores estipulados em contrato para a continuidade da franquia;
  • ter todas as normas respeitadas pelos franqueados.

Vejamos agora os principais deveres dos franqueadores: 

  • recrutar e selecionar franqueados de acordo com os critérios previamente estabelecidos;
  • fornecer um modelo de negócios eficiente e previamente testado em uma ou mais unidades-piloto, que devem, preferencialmente, ser instaladas, operadas e geridas pela empresa franqueadora;
  • definir normas, processos, políticas e padrões a serem observados pelos franqueados com relação à implantação, operação e gestão das respectivas franquias;
  • realizar consultoria de campo, monitorando constantemente a rede de franquias, garantindo a consistência na observância de normas, políticas, processos e padrões;
  • fornecer treinamento e capacitação a todos os franqueados, por meio de programas de capacitação, guias de processos, manuais e outros materiais de orientação;
  • orientar e supervisionar as dificuldades dos franqueados, mantendo uma equipe qualificada para assessorá-los; 

Agora que você já conhece as responsabilidades do franqueado e franqueador para que essa parceria gere bons frutos, que tal conferir nosso outro artigo: OS 7 SEGREDOS DAS FRANQUIAS DE SUCESSO?

Está pensando em expandir sua empresa? Então, conte com o auxílio de quem entende do assunto. Nós, da Novoa Prado Advogados, somos especialistas em varejo e canais de distribuição, como franchising, licenciamento e todas as demais formas de expansão de marcas. 

Com mais de 30 anos de experiência, nossa equipe busca trazer a inovação, segurança e agilidade que o mercado demanda para os nossos clientes. 

Quer saber mais sobre o assunto ou esclarecer alguma dúvida? Então, entre em contato agora mesmo com a nossa equipe de advogados especializados. 

Para ter acesso a mais assuntos como este, acompanhe nosso blog.

O modelo de negócios de franquia surgiu por volta de 1850, após a Guerra Civil, nos Estados Unidos, tendo sido criado por uma das maiores fabricantes de máquinas de costura da época, a Singer Sewing Machine Company. 

Com o sucesso desse método e depois de se tornar amplamente conhecido, outras empresas passaram a adotar esse modelo de expansão que é utilizado até hoje, tendo ficado mais popular no Brasil a partir da década de 1970, quando marcas de renome como O Boticário e Yázigi optaram por utilizá-lo. 

As franquias advêm de um negócio de sucesso, simbolizando uma maior segurança aos empreendedores que podem iniciar um negócio pautado na credibilidade de uma marca já estruturada. 

Atualmente, esse modelo de expansão é bastante utilizado, de forma que há oportunidade de investimento em todas as áreas, como no setor de alimentação, vestuário, educação, turismo e saúde. 

Trata-se de um método que, embora já seja muito utilizado, está sempre em constante crescimento e pode gerar dúvidas. Dessa forma, caso você esteja pensando em investir em uma franquia ou em franquear seu negócio, não deixe de conferir nosso artigo. Nele, explicamos o que é franquia e quem são o franqueador e o franqueado. Vamos conferir?

Também pode interessar: 10 VANTAGENS DAS FRANQUIAS EM RELAÇÃO AOS NEGÓCIOS INDEPENDENTES

O que é franquia?

Uma franquia ou franchising empresarial é um modelo de expansão em que a operação de uma empresa é copiada e transferida para outras unidades relativamente independentes, mas fornecendo os mesmos produtos ou serviços.

Nesse sistema, o franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca, patente, know-how e todo networking a ela atrelado.

Com essa cessão, entende-se que haverá a transferência do modelo de negócio, ou seja, tudo o que remete à operação e divulgação da empresa franqueadora será copiado e transferido para a nova empresa.

Ainda de acordo com o previsto na Lei de Franquia Empresarial (Lei nº 13.9666/19): 

“ o sistema de franquia empresarial, pelo qual um franqueador autoriza por meio de contrato um franqueado a usar marcas e outros objetos de propriedade intelectual, sempre associados ao direito de produção ou distribuição exclusiva ou não exclusiva de produtos ou serviços e também ao direito de uso de métodos e sistemas de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem caracterizar relação de consumo ou vínculo empregatício em relação ao franqueado ou a seus empregados, ainda que durante o período de treinamento.”

Dessa forma, esse modelo de expansão é muito utilizado por empresas que alcançaram o sucesso e querem escalar seu modelo de negócio e operação.

Além disso, trata-se de uma ótima oportunidade para quem deseja empreender, já que poderá utilizar uma marca já consolidada, com processos e público-alvo já definidos e ainda contar com o apoio do franqueador, que oferecerá orientações e treinamentos.

Para entender ainda mais sobre o que é franquia, é essencial que você tenha conhecimento sobre outros dois termos: franqueador e franqueado. Vejamos:

Converse com um especialista em FRANCHISING

O que é franqueador?

O franqueador é a pessoa jurídica que possui uma marca já estabelecida no mercado, com um modelo de negócio sólido e rentável, e que oferece aos franqueados a oportunidade de utilizar esta marca. 

De forma simples, o franqueador é o empresário que teve seu negócio bem-sucedido e passou a vender seu modelo de negócio para ser replicado em outros lugares. 

Nesse sentido, ele é quem detém os direitos de uma determinada empresa, sendo o responsável por capacitar os franqueados por meio de treinamentos, manuais, materiais de desenvolvimento e orientação, entre outros. 

Ademais, é atribuído ao franqueador o dever de prestar suporte às franquias da rede, garantindo que todas as normas, políticas, processos e padrões sejam seguidos pelos franqueados.

Se você ficou interessado nessa forma de expansão, clique aqui e entre em contato com a nossa equipe de advogados especializados em franchising!

O que é franqueado? 

Trata-se de uma pessoa física ou jurídica que optou por investir em uma determinada franquia mediante o pagamento de uma taxa de concessão para a utilização da marca e do modelo de negócio. 

Após se tornar franqueado, o empreendedor adquire uma série de obrigações, como o dever de seguir a padronização e preservar as normas do modelo de negócio do franqueador, fazer o pagamento dos royalties, garantir a gestão da empresa com profissionais qualificados, entre outras.

Além disso, ele é responsável por passar feedbacks ao franqueador, que os utilizará para direcionar a marca e criar estratégias de negócio que serão replicadas nas franquias, a fim de garantir o sucesso das empresas. 

Dessa forma, a franquia depende também da relação entre o franqueador e o franqueado, tendo o primeiro o dever de dar o suporte necessário ao segundo, que deverá seguir o modelo de negócio. 

Está pensando em expandir sua empresa? Então conte com o auxílio de quem entende do assunto. Nós, da Novoa Prado Advogados, somos especialistas em varejo e canais de distribuição, como franchising, licenciamento e demais formas de expansão de marcas. 

Com mais de 30 anos de experiência, nossa equipe busca trazer a inovação, segurança e agilidade que o mercado demanda para os nossos clientes. 

Quer saber mais sobre o assunto ou esclarecer alguma dúvida? Então, entre em contato agora mesmo com a nossa equipe de advogados especializados. 

Para ter acesso a mais assuntos como este, acompanhe nosso blog.

O mercado de franquias, que já é consolidado no Brasil, não para de crescer e está ganhando cada vez mais espaço dentro do cenário nacional. Por isso, é fundamental que quem participa dessa relação (franqueado e franqueador) tenha conhecimento sobre suas responsabilidades. 

Nesse tipo de relação, por se tratarem de empresas interdependentes, ambas as partes precisam estar alinhadas e cumprindo com suas obrigações para garantir um sucesso conjunto. 

Lembrando que, embora exerçam papéis diferentes, o objetivo principal dos franqueadores e dos franqueados é o mesmo: fornecer produtos ou serviços de qualidade ao consumidor final, tornando a marca cada vez mais rentável. 

O papel da franqueadora é essencial para manter o negócio promissor e rentável. Por essa razão, trouxemos, neste artigo, quais são as principais responsabilidades dela. Vamos ver? 

Também pode interessar: 6 TENDÊNCIAS PARA O FRANCHISING EM 2023

Quais as principais obrigações das empresas franqueadoras?

A franqueadora é a empresa que detém os direitos sobre uma marca e que optou pela expansão do negócio por meio do sistema de franquias. Para isso, o franqueador, proprietário da empresa, desenvolveu um modelo de empreendimento que pode ser replicado por outras pessoas, os chamados franqueados. 

Nesse sentido, a franqueadora permite que o franqueado parceiro passe a utilizar sua marca, desde que ele siga as previsões contratuais e os princípios do negócio. 

Mas para que esse modelo de expansão alcance o sucesso desejado, é preciso que a franqueadora também cumpra com uma série de responsabilidades, sendo as principais: 

Selecionar os empreendedores franqueados

Para que o empreendimento alcance o sucesso almejado, é importante que as partes envolvidas estejam alinhadas. Por isso, é importante que o franqueador selecione franqueados que tenham os mesmos valores e objetivos da empresa. 

Lembrando que esse modelo de negócio é uma via de mão dupla. Por isso, é preciso fazer boas escolhas para não correr o risco de prejudicar a rede. 

Para entender mais sobre o assunto, não deixe de conferir nosso outro artigo: COMO SABER QUAL É O PERFIL DO FRANQUEADO IDEAL?.

Elaborar o contrato de franquia

O contrato é o documento responsável por determinar todos os direitos e deveres da franqueadora e do franqueado. Esse documento deverá ser elaborado pela franqueadora, assinado pelas partes interessadas e testemunhas e ser reconhecido em cartório. 

O objetivo da elaboração do contrato é evitar que ocorram problemas futuros. Assim, ele deve ser confeccionado de forma minuciosa, mencionando todas as obrigações previstas em lei, além daquelas que forem acordadas entre as partes.

Proporcionar treinamento e capacitação 

A padronização é um dos elementos mais importantes das franquias. Entretanto, para que ela seja alcançada, a franqueadora deve prestar treinamentos e capacitação recorrentes aos franqueados, instituindo programas de gestão e compartilhando novas metodologias. 

Ademais, cabe à franqueadora disponibilizar manuais de operação e colher avaliações constantes para tornar seu modelo de negócio cada vez mais eficiente e gerar resultados positivos. 

Converse com um especialista em FRANCHISING

Fornecer um suporte adequado aos franqueados 

Embora não se trate de algo obrigatório, as redes bem estruturadas e que desejam o sucesso do franqueado sabem que apenas com suporte é que eles obtêm bons resultados. Assim, de fornecer o treinamento e a capacitação dos franqueados, é recomendado que a franqueadora ofereça o suporte necessário durante o período de vigência do contrato. 

É recomendado que o suporte incluir o auxílio na escolha ou aprovação do local em que a empresa funcionará, bem como a viabilidade da região para suportar a franquia, reduzindo a chance de futuros prejuízos.

Ademais, aconselha-se disponibilizar uma equipe de consultoria para dar suporte ao franqueado, auxiliando na correção de eventuais problemas. 

A franqueadora também pode realizar uma consultoria de campo regular a fim de verificar se tudo está ocorrendo da forma esperada, ficando disponível para instruir os franqueados a se manterem dentro do padrão esperado. 

Também pode interessar: SEIS DICAS PARA VOCÊ NEGOCIAR MELHOR COM SEUS FRANQUEADOS

Criar estratégias de marketing 

A empresa franqueadora ainda é responsável por criar estratégias de marketing. Para isso, ela poderá contar com o fundo de propaganda para cobrir despesas com as ações de publicidade para a rede.

Está pensando em expandir sua empresa? Então, conte com o auxílio de quem entende do assunto. Nós, da Novoa Prado Advogados, somos especialistas em varejo e canais de distribuição, como franchising, licenciamento e todas as demais formas de expansão de marcas. 

Com mais de 30 anos de experiência, nossa equipe busca trazer a inovação, segurança e agilidade que o mercado demanda para os nossos clientes. 

Quer saber mais sobre o assunto ou esclarecer alguma dúvida? Então, entre em contato agora mesmo com a nossa equipe de advogados especializados. 

Para ter acesso a mais assuntos como este, acompanhe nosso blog.

Existem diversas formas de expandir uma rede e cada uma delas – franquia, licenciamento, distribuição e representação comercial, por exemplo – têm suas particularidades. Em relação à franquia e ao licenciamento, não se pode confundir as operações e, muito menos, acreditar que o licenciamento é um passo anterior à franquia. Mas, como decidir a forma se a melhor forma de expansão da sua rede é por franquia ou licenciamento? Leia esse texto até o final e entenda.

Há um entendimento errôneo de que a empresa que não está preparada para ser franqueadora pode ser uma licenciadora. É uma inverdade, que precisa de esclarecimento.

A franquia é caracterizada pela transferência de know-how e a própria lei que rege o sistema de franchising no Brasil, 13.966/19, deixa essa questão muito clara. Já o licenciamento é marcado basicamente pela oferta de uma marca e um produto, sem essa transferência de know-how. Assim, não há como confundir as duas formas de expansão.

As empresas devem ser bem orientadas antes de decidirem sob qual bandeira expandirão suas marcas. Para ela, quem tem uma boa marca e produtos, mas não tem um know-how de como atuar no varejo, por exemplo, deve optar pelo licenciamento. Essa empresa procurará parceiros licenciados que já sabem como gerir um negócio, com capacidade para treinar equipes, operar softwares e fazer a própria gestão da empresa. A licenciadora não terá controle sobre carteira de clientes ou dados, que pertencem ao licenciado.

Já as empresas que podem transferir know-how, a partir de treinamentos iniciais e contínuos, oferecem tecnologia e suporte podem se tornar franqueadoras. A lei de franquias não obriga nenhuma marca a ter uma super estrutura de suporte ou treinamento para seus franqueados – apenas os convoca a citar, na Circular de Oferta de Franquia, o que oferecerão a eles.

Assim, uma franqueadora pode crescer conforme sua rede vai crescendo também, com acréscimo de mais suporte, mais treinamento e mais inovação. Os franqueados, ao contrário dos licenciados, são parceiros comerciais que precisam de transferência de know-how, ou seja, de aprender com a marca como operar o negócio para chegar ao sucesso.

O que não se deve é acreditar que o licenciamento substitui a franquia – ou vice-versa. Empresas que não estão preparadas para ser franqueadoras devem passar por uma boa estruturação, entendendo os pormenores do sistema de franchising, para se expandirem por essa estratégia. Usar o licenciamento como ‘um passo anterior’ é um erro, porque os parceiros têm perfil completamente diferente.

 

Como definir a estratégia?

As marcas precisam entender que tanto a franquia quanto o licenciamento apresentam características próprias e exigem das empresas determinados posicionamentos – dando, em troca, benefícios e algumas desvantagens:

Licenciamento – A licenciadora oferece uma marca e produtos renomados para parceiros que já têm experiência com o cliente. Esses licenciados têm total liberdade para definir o layout de suas lojas, bem como a forma de atuar com os clientes, porque não seguem uma padronização ou treinamento, consultoria de campo ou outras particularidades que são características da franquia. Não existe transferência de know-how – uma obrigatoriedade de franqueadoras, não de licenciadoras – e, com desvantagem, a carteira de clientes pertence ao licenciado, com a empresa licenciadora tendo pouco ou nenhum acesso e controle sobre dados e números da empresa parceira. Não há uma lei específica para o Licenciamento.

Franquia – A franqueadora oferece um negócio formatado, com layout e regras que são seguidas por todas as unidades franqueadas, de forma padronizar a operação. O franqueado recebe treinamento inicial e contínuo, para transferência de know-how, aprendendo a operar o negócio com a empresa franqueadora. A tecnologia também é ofertada pela franqueadora, com softwares de gestão que permitem o controle de dados e acesso à carteira de clientes, que pertence à marca – e não à unidade franqueada. A franqueadora segue a lei 13.966/19, que rege o sistema de franquias no Brasil, e cresce em estrutura junto com sua rede.

Para finalizar, vale lembrar que as empresas que operam com negócios que têm todas as características de franquia, mas não se enquadram nesse tipo de negócio, podem sofrer as penalidades da lei, caso o parceiro de negócios as acione na Justiça. É fundamental, portanto, que a relação seja transparente e que os documentos sejam bem elaborados, para que cada parceiro saiba exatamente o que esperar da outra parte, tornando a relação vantajosa para todos.

Por Melitha Novoa Prado*

 

Discutir os papéis do franqueador e do franqueado parece ser um tanto quanto óbvio e isso é feito desde que o Franchising se entende como um sistema de negócios formatado.

Mas, deixa a tal obviedade de lado e passa a ser uma análise fundamental quando pensamos que, há apenas dois anos, existia uma situação mercadológica previsível – e até confortável – que foi completamente abalada e indefinidamente mudada pela pandemia. Quem poderia prever o que o varejo passou nesses meses e como cada marca se comportaria, com a finalidade de se sustentar, diante da maior crise já vivida?

Assim, o que falamos há anos sobre atitudes e comportamentos que vão além das obrigações contratuais e mantêm a saúde das redes ficou muito mais evidente – e, agora, deixou de ser um diferencial para serem itens obrigatórios. Por tudo o que presenciei e que, acredito, ainda virá, nesses novos tempos, acredito que o papel do franqueador e do franqueado foram ampliados.

Mas, vamos entender esse raciocínio parte a parte.

Costumamos pensar no franqueador como o detentor da marca, aquele que criou um negócio de sucesso, o testou e percebeu que ele tinha um modelo replicável. Assim, veio a formatação do negócio e a formatação jurídica, as primeiras obrigações do franqueador.

Continua sendo certo que, para oferecer o negócio a um investidor, é preciso que o franqueador o tenha formatado, com as ‘regras do jogo’, ou seja, mostre exatamente como ele será replicado, com metodologias, manuais, treinamentos, fornecedores, padrão arquitetônico e tudo o mais que caracteriza o negócio, além de todas as expectativas que tem em relação ao comportamento do franqueado.

Depois, é necessário que ele tenha a documentação, como a Circular de Oferta de Franquia (COF), Contrato de Franquia e demais documentos relativos ao seu ramo de negócio. Toda a documentação deve seguir a lei 13.966/19, que rege o sistema de franquias no Brasil, além de leis específicas de cada setor, conforme particularidades do negócio. Sem isso, não existe uma franqueadora.

Expandir a rede estrategicamente também é papel do franqueador, afinal, é ele quem prestará suporte a ela e sabe onde novas unidades se adequam. Falando em suporte, cabe ao franqueador prestá-lo adequadamente, porque o franqueado adquiriu a transferência de know-how contínua, durante todo o seu contrato. E, como a rede precisa evoluir para encarar a concorrência e oferecer sempre mais do que o cliente espera, também é papel do franqueador atualizá-la, com a inovação que garantirá sua perenidade.

Quanto ao franqueado, espera-se que ele seja muito mais do que um simples gerente de sua unidade. Ele precisa ser uma figura estratégica, entendendo o comportamento do consumidor e se relacionando com o cliente em nome da marca, para elevá-la ao status de desejável, necessária e querida.

Seguir a formatação e os aconselhamentos do franqueador é condizente com a aquisição do know-how, afinal, se o franqueado comprou uma franquia, não foi para gerir o negócio conforme suas próprias ideias, mas para replicar uma fórmula de sucesso – e isso implica em seguir padrões.

Também é papel do franqueado pagar por esse know-how, por meio das taxas mensais, e participar como membro ativo da rede, de treinamentos e das demais atividades ofertadas pela franqueadora. A partir do momento em que se faz parte de uma franqueadora, deve-se pensar como rede – e não como um negócio isolado.

Até aqui, não estou falando nada de novo, é tudo consenso entre quem vive o Franchising em sua melhor essência e cabe perfeitamente em contratos. O que diferenciará o real sucesso das marcas e de suas unidades franqueadas, entretanto, é o que não está em nenhum contrato e que citei anteriormente: atitudes e comportamentos que vão além das obrigações contratuais.

Quando a pandemia chegou, uma bomba caiu sobre a cabeça de absolutamente todas as franqueadoras e suas unidades franqueadas. Por quanto tempo os shoppings ficariam fechados? Como se dariam as restrições de funcionamento? Quando os clientes voltariam às lojas físicas? De que tamanho seria a crise econômica? O consumidor se acostumaria a comprar por outros canais, como e-commerce, delivery, Whatsapp e Instagram? Seríamos capazes de fazer as entregas? Quanto custaria tudo isso, para cada parte? Como as unidades franqueadas seriam remuneradas? O cliente voltariam a contratar serviços para seus lares, recebendo prestadores com confiança? Como as franqueadoras recolheriam os royalties e taxa de propaganda? Haveria uma política de crédito para os inadimplentes?

Ninguém tinha respostas, mas as dúvidas sobravam, para todos os lados. E a forma como cada franqueadora e cada franqueado lidaram com as mais variadas situações – e ainda lidam – mostrou que os papeis precisam ser revistos e ampliados.

Para começar, muitas redes perceberam que ouvir e dialogar foram fundamentais para o entendimento entre as partes. Aquelas que não tinham o costume de buscar um consenso passaram por maus bocados, com muita insatisfação e fechamento de lojas.

Obviamente, a inadimplência atingiu todas as marcas, devido ao menor faturamento das unidades franqueadas, mas houve aquelas que souberam negociar melhor e as que ofereceram uma política de crédito aos franqueados, tornando a recuperação transparente. Socorrer os franqueados é parte do papel da franqueadora, mas dentro dos limites do possível, sem que ela mesma não se desestabilize financeiramente.

Ficou evidente, em toda essa situação, que o relacionamento entre franqueadora e franqueados precisa ser nutrido diariamente, desde a primeira unidade franqueada. As estratégias de prevenção de conflitos fizeram-se fundamentais em todo o processo, porque quem investiu no relacionamento, previamente, gerou confiança para dialogar com transparência com seus franqueados.

E os franqueados assumiram, indubitavelmente, o papel que lhes cabe: ao lado do franqueador, com a marca ao centro. De forma colaborativa, muitas redes puderam pensar em novas estratégias, canais de venda, produtos, embalagens, formas de entrega e de alcançar o cliente.

Não existe nenhuma cláusula contratual que indique que, numa crise, é papel do franqueado pensar em uma embalagem, em um prato ideal para delivery ou numa campanha inteligente para as redes sociais. Isso é entendido como papel da franqueadora – mas, foi o que se viu em muitos casos: franqueados levando às marcas soluções que puderam ser adotadas por toda a rede. Isso é pensar, efetivamente, em rede.

Como citei, acredito que o papel do franqueador e do franqueado foram ampliados.

Ao franqueador, acho que cabe o papel de ouvir e dialogar mais. De aceitar compartilhar algumas estratégias e aceitar opiniões. Ele ainda é o detentor da marca, quem zela por ela e quem deve estar sempre à frente, inovando. Mas, não está – e nem nunca esteve! – em um pedestal. A marca é quem ocupa essa posição, com franqueador e seus franqueados lado a lado, trabalhando por ela.

Também cabe ao franqueador o papel de criar políticas de crédito, para dar o mesmo tratamento a todos os franqueados e os ajudar sempre, mas dentro de condições reais, que não abalem a estrutura da franqueadora.

Aos franqueados, cabe o papel de pensar como rede. De entender que a franqueadora tem limites de atuação e que todos precisam atuar juntos para levar a marca ao seu objetivo.

Os desafios das franqueadoras são grandes. Mas, sabemos que essa forma de fazer negócios ainda é uma das mais seguras e com menor índice de mortalidade apresentado. Investir no bom relacionamento, sem dúvida, é uma estratégia que amplia os papéis das partes.

 

*Melitha Novoa Prado é advogada especializada em Franchising, com mais de 30 anos de atuação no atendimento das maiores franqueadoras brasileiras.

 

Por Thaís Kurita *

 

As franqueadoras estão vivendo um momento de tensão – e pressão. Lojas fechadas por decreto, faturamento em declínio há mais de um ano, negociações difíceis de aluguéis e reduções de arrecadação de taxas de royalties e fundo de propaganda desestruturam as marcas e tornam as relações entre a franqueadora e a rede franqueada bastante frágeis.

No meio de tudo isso, está o suporte oferecido ao franqueado e a linha tênue que separa o que é obrigação do franqueador e direito do franqueado do que é apoio não obrigatório da marca à rede – mas, sim, solidariedade e empatia em um momento de caos.

A lei 13.966/19, em seu artigo 2º, inciso XIII, alínea a, diz que o franqueador deve indicar ao franqueado, na Circular de Oferta de Franquia, o que é oferecido e em quais condições no que se refere a suporte. E, aqui, existem muitas distorções sobre o que é suporte à rede franqueada.

No entendimento da maioria das marcas, o suporte deve ocorrer de duas formas: nas áreas operacional – na manutenção do padrão da rede – e na área de negócios. Numa rede de alimentação, por exemplo, o suporte operacional atua de maneira a apoiar a unidade franqueada em manter-se em dia com as questões de segurança alimentar e vigilância sanitária. Em vestuário, o foco é a padronização do layout da unidade franqueada, a administração do estoque e o atendimento. E, assim, cada setor tem as suas particularidades. Já o suporte em negócios atua de forma a auxiliar o franqueado em suas estratégias locais de captação e fidelização de clientes, gestão financeira da sua franquia e gestão da sua equipe de colaboradores.

Mas, e quando acontece um problema específico na unidade franqueada, como o rompimento de um cano de água, a doença de um colaborador, pane nas câmeras de segurança ou outro problema rotineiro, do dia a dia de um estabelecimento comercial?

Quando o franqueado adquire uma franquia, ele compra know-how operacional, de negócios e marca. Mas, ele é o gestor daquela unidade (ou, ainda, elege um gerente para essa função). Então, essas questões estão sob sua gerência. A franqueadora pode orientá-lo sobre como lidar com um funcionário irresponsável – mas, a obrigação sobre a contratação e demissão é do franqueado, assim como a manutenção da unidade franqueada dentro dos padrões recomendados, mesmo em situações emergenciais.

O  mesmo ocorre na negociação de alugueis. Apesar de muitas franqueadoras auxiliarem seus franqueados neste quesito, não existe qualquer obrigação legal para o fazerem. Se não há cláusula contratual que determine que os contratos de locação serão negociados pela franqueadora – a menos que se trate de uma sublocação ao franqueado –, o responsável pela negociação é, em regra, o locatário do imóvel, o franqueado.

E se o franqueado não sabe negociar com o shopping? A sugestão é que ele peça orientações à franqueadora, em uma conversa, para entender como o processo funciona e saber o que será possível fazer. Mas, não é possível, nem correto, exigir esta atitude da marca, como se fizesse parte do suporte oferecido.

E quando ninguém faz nada? Pois é, existem situações em que nem o franqueador, nem o franqueado tomam atitudes para melhorar uma situação ruim. Passados 12 meses desde o início do caos, o franqueado limitou-se às queixas, explicando como o franqueador deveria ter agido e que, por conta disso, os problemas somente aumentaram. É como ver um pequeno fogo se iniciando na sua própria sala de estar e pedir para alguém apagar, se mantendo imóvel, apenas assistindo à labareda aumentar. Alguém poderia apagá-la, sem dúvida, mas, pode demorar. Logo, a conclusão mais óbvia seria: apague você mesmo.

Então, vem a justificativa do franqueado: “mas, eu comprei uma franquia, se fosse para fazer sozinho, não teria entrado nesse negócio”. Aqui, entra o alinhamento de expectativas do que cada um faz por si e pelo outro. De nada adianta esperar a atitude de um, se esse um não se sente obrigado a fazê-lo. É frustrante, sem dúvida, mas, onde, como e o quê ficou combinado?

Indo um pouco mais a fundo no assunto das expectativas que a rede franqueada tem em relação às obrigações da franqueadora, no começo da pandemia, em 2020, o que se viu foi o desespero das franqueadoras em apoiar financeiramente a rede, de forma que unidades não fechassem. Então, foram feitas concessões – e muitas bastante impensadas, como suspensão de royalties e até de pagamento de compras, empréstimos e outras atitudes que ajudaram as franquias, mas descapitalizaram a franqueadora. O que muitas marcas não previram é que a situação se estenderia por tanto tempo, ao ponto de não suportarem manter as mesmas condições durante o ano todo.

O que aconteceu, então? Franqueados que foram beneficiados no primeiro período da pandemia acreditaram que tais benesses poderiam ser replicadas agora, no novo ciclo de fechamento. Porém, as franqueadoras não conseguem mais sobreviver sem a arrecadação de royalties e precisam, além da taxa atual, cobrar, ainda que de forma parcelada, o período de carência do ano anterior. E a briga está formada.

O que é preciso avaliar, nesta situação? Bem, a pandemia não atingiu apenas os franqueados. Indústria, varejo, serviços, todos os meios de produção e distribuição foram impactados porque esse é um problema mundial. Para se ter ideia, a indústria de embalagens está praticamente parada por falta de matéria-prima, bem como a eletrônica, sem seus componentes. Essa situação não é exclusiva do franchising. Então, a franqueadora que ajudou, lá atrás, certamente fez tudo o que pode para manter sua estrutura – até não ter mais fôlego.

O franqueado deve exigir de sua franqueadora o suporte necessário para que possa obter transferência de know-how. Porém, deve entender plenamente em que consiste suporte e quais são as suas próprias obrigações como gestor. Os royalties não são um salário dado ao franqueador para ser um prestador de serviços, mas a remuneração pelo uso contínuo da marca, acesso ao sistema, à rede de fornecedores homologados e à venda de produtos, entre outros.

Costumamos dizer que a franqueadora deve ser, sempre, o par mais desenvolvido da relação, aquele que traz inovação, está sempre um passo à frente para refrescar a marca, torná-la competitiva e lucrativa. Para isso, é preciso que a franqueadora seja estruturada, principalmente financeiramente. E, no momento em que todos somos afetados pela crise e pela pandemia, é necessário haver empatia – mas, ela precisa ser uma via de mão dupla. A pandemia aconteceu para todos, e depositar a solução dos problemas para apenas uma das partes, seja esta o franqueador ou o franqueado, pode ser o triste fim de uma rede.

 

*Thaís Kurita é sócia do escritório Novoa Prado Advogados, que está há 35 anos no mercado de Direito Empresarial, com 30 anos de atuação junto às maiores franqueadoras e varejistas brasileiras.