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Há poucos anos, as marcas mais valiosas do mercado eram a Coca-Cola, a Nescafé e outras ligadas ao consumo. Atualmente, elas foram substituídas pelas de tecnologia, como Facebook e Apple. O que mudou no mercado e como as empresas de tecnologia podem ajudar o Franchising?

Não creio que exista um ‘novo mercado’ para as franqueadoras, como tenho ouvido dizer. Empresas de vestuário continuam vendendo roupas, bem como as cadeias de ensino de idiomas ensinam inglês e espanhol. O que mudou é a forma como elas encontram seus clientes e atendem suas necessidades. Isso, sim, foi ampliado e merece ser revisto. Não é um novo mercado, mas como o mesmo mercado é trabalhado.

Quer um exemplo prático? As academias de ginástica continuam vendendo o espaço para que as pessoas pratiquem atividade física, certo? Porém, já existe uma modalidade na qual o usuário compra créditos, para serem utilizados na hora que o aluno desejar, da forma que ele quiser – e não às segundas, quartas e sextas-feiras, às 7h, porque ele não sabe se conseguirá visitar o estabelecimento nesses dias e horários. O mercado não mudou, mas a forma como o aluno foi conquistado e suas necessidades, contempladas.

As empresas de tecnologia trazem ao Franchising a possibilidade de trabalhar o ambiente digital para que elas obtenham dados, algoritmos, estudem o comportamento do consumidor e consigam atuar de maneira cada vez mais inovadora, prática, dinâmica, moderna. É a hora e a vez do digital entrar nas vendas, na gestão do tempo e do relacionamento com o cliente.

A tecnologia pode ajudar, mas não substitui o relacionamento

Falando em relacionamento, é importantíssimo que o franqueador fique atento, também, a essa questão. A tecnologia é fundamental para trabalharmos bem este momento, em que se faz necessário atender as necessidades do cliente, que procura no mundo virtual satisfazer suas necessidades de consumo. Porém, com a rede franqueada, não funciona assim. Nada substitui o contato pessoal, o olho no olho, a conversa na qual se sentem as emoções e se exprimem os sentimentos reais.

É necessário substituir o WhatsApp pelos encontros pessoais, é preciso, sim, investir tempo em pessoas e na satisfação de tê-las, eventualmente, em encontros pessoais. As reuniões do Conselho de Franqueados, as Convenções da Rede Franqueada, os Encontros Regionais, as Visitas às Unidades Franqueadas, tudo isso faz a rede crescer forte e sustentável e não pode ser substituído pela frieza do mundo virtual.

No livro “21 Lições para o Século 21”, Yuval Noah Harari diz que “pessoas precisam de ferramentas para se conectar com suas próprias experiências” – e não de ferramentas para conectar suas experiências com os outras, como o Facebook faz. Para ele, “as pessoas vivem vidas cada vez mais solitárias, num mundo cada vez mais conectado”. Levando isso em conta, a tecnologia, sem dúvida, é uma grande aliada da performance e dos indicadores. Mas, não substitui a cumplicidade, a união, a satisfação e o comprometimento do mundo real, a essência do Franchising, que é a união das pessoas em busca do crescimento mútuo. Pense nisso.

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